Por muito tempo, SEO foi tratado como um jogo de “tática”: acertar palavra-chave, ajustar title, melhorar velocidade, ganhar links.
Tudo isso segue importante, mas 2026 exige uma virada de chave.
Porque a pergunta que separa times medianos de times estratégicos deixou de ser “como subir posições?” e virou:
“Em que direção a atenção, o dinheiro e as decisões estão indo?”
A resposta não está em uma opinião forte no LinkedIn. Está em dados consistentes, publicados com cadência, que revelam tendências reais.Por isso, com base nos dados do Search Engine Journal, montamos uma lista de relatórios e fontes de dados que ajudam profissionais de SEO a tomar decisões com mais segurança (e menos achismo).
SEO em 2026 não é só sobre Google, é sobre contexto
O SEO continua conectado aos buscadores.
Mas ele passou a ser impactado por movimentos maiores:
- A migração de atenção para vídeo, social e plataformas fechadas.
- O crescimento de retail media e buscas “no ponto de compra” (marketplaces).
- A aceleração de respostas e resumos por IA generativa, que muda como as pessoas descobrem e escolhem.
- O aumento da exigência por confiança, autoridade e clareza (para humanos e para máquinas).
- O avanço de privacidade e políticas, que mexem diretamente com mensuração e atribuição.
Sem esse panorama, qualquer plano vira refém da última atualização de algoritmo.
O que são “tendências de SEO” na prática
Quando falamos em tendências, não é futurologia. É observar sinais que aparecem antes do mercado sentir no bolso. Em 2026, quem lidera SEO não é quem “otimiza mais”.
É quem conecta:
dados macro (economia + mídia) → dados de plataforma (big tech) → dados de comportamento (uso real) → dados de confiança/política (regras do jogo)
E transforma isso em decisão: budget, conteúdo, canais, produto, posicionamento.
1) Mercado e investimento: para onde vai o dinheiro (e por quê isso muda seu SEO)
Antes de discutir “qual conteúdo produzir”, vale entender onde a verba está indo.
Alguns relatórios que ajudam:
- IAB/PwC Internet Advertising Revenue Report
Mostra como o investimento digital se distribui (e como ele se desloca ao longo do tempo). Ajuda a responder: o digital ainda cresce? para onde está indo a verba: search, social vídeo, CTV, retail? - MAGNA Global Ad Forecast
Um “mapa do próximo ano e meio”. Ajuda a antecipar pressão de CPC, aquecimento de regiões e crescimento de formatos — especialmente quando retail media acelera e muda o centro do jogo. - PwC Global Entertainment & Media Outlook
Uma visão mais longa (multi-ano) para decisões estruturais: vídeo, áudio, canais, mercados e modelos de mídia.
O ponto aqui é simples: quando o dinheiro muda de lugar, o comportamento muda junto. E dessa maneira, o SEO sente primeiro no tráfego e depois no pipeline.
2) Plataformas: o que as big techs estão dizendo (mesmo quando não falam de SEO)
Tem um tipo de “tendência” que não aparece em threads. Aparece em relatórios trimestrais. A lógica é: se uma plataforma está investindo pesado em IA, em ads, em produto e em distribuição, a descoberta de conteúdo muda.
Fontes clássicas incluem, por exemplo:
- Alphabet (Google)
Olhar para “Search & other”, YouTube e comentários sobre experiências com IA (e o efeito nas consultas e anúncios). - Microsoft
Sinais de uso de busca/IA no ecossistema (Copilot, produtividade, ambientes corporativos). - Amazon
O quanto a busca comercial migra para o marketplace (e o que isso significa para SEO de produto e conteúdo). - Apple
Serviços, privacidade e o quanto o mobile pode ficar ainda mais “fechado” para atribuição e mensuração.
Em 2026, portanto, muita decisão de SEO vai ser, na prática, decisão de ecossistema.
3) Comportamento real: onde as pessoas estão descobrindo informação
Aqui mora um choque comum: muitas estratégias ainda são planejadas como se a jornada começasse e terminasse no Google.
Só que ela está cada vez mais distribuída.
Relatórios e fontes úteis incluem, por exemplo:
- Digital (We Are Social & Meltwater): adoção de plataformas, tempo de uso, padrões por país.
- ITU (indicadores de conectividade): ajuda a avaliar capacidade real de consumo (vídeo pesado vs. experiência leve), e oportunidades por mercado.
- Relatórios de “fenômenos de internet” (tráfego por tipo de app/uso): reforçam o óbvio que muita gente ignora — vídeo e social consomem atenção em escala massiva.
- Reuters Institute – Digital News Report: mostra como descoberta acontece por “portas laterais” (feeds, alertas, agregadores) e por que distribuição importa tanto quanto rankeamento.
Tendência prática para 2026: SEO precisa conversar com formatos e canais, não apenas com a SERP.
4) Privacidade, políticas e confiança: o que define quem ganha espaço
Dessa maneira, SEO não é só técnica e conteúdo. É também um jogo de confiança, regras e limites.
Algumas fontes importantes incluem, por exemplo:
- Cisco (estudos de privacidade)
Mostram o impacto de privacidade na percepção e na conversão (e ajudam a justificar investimento em transparência). - Google (relatórios de segurança/políticas em ads)
Muitas vezes antecipam o tipo de exigência que se fortalece depois em qualidade orgânica. - Edelman Trust Barometer
Um termômetro para entender como confiança muda, e por que autoridade precisa ser construída (com prova, consistência e especialidade), especialmente em um mundo saturado de conteúdo.
Em 2026, “parecer bom” não basta. Precisa ser reconhecível, verificável e consistente.
Como usar esses relatórios sem virar refém deles?
Assim, você não precisa ler 17 relatórios para trabalhar bem. Mas precisa ter um ritual mínimo:
- Trimestral: acompanhar sinais das plataformas (earnings + mudanças relevantes).
- Semestral: calibrar expectativa de mídia e custo (previsões de mercado).
- Anual: ajustar estratégia macro (uso de internet, mídia, confiança).
- Quando algo mudar rápido: cruzar pelo menos 2 fontes antes de realocar energia.
Por isso, o objetivo não é “acumular leitura”. É sustentar decisão, para C-level, cliente e time.
O jeito Uá Uá de olhar tendências
A gente usa esse tipo de leitura para conectar, portanto:
- SEO técnico (base sólida)
- conteúdo com profundidade (autoridade real, não volume)
- presença multicanal (onde a descoberta acontece)
- SEO conversacional e camada de IA (GEO) (para ser entendido, citado e lembrado)
- mensuração e impacto em pipeline (não só tráfego)
Porque 2026 vai premiar quem consegue responder a pergunta que realmente importa:
“Como a nossa marca aparece (e é escolhida) quando o público decide?”
Checklist rápido para começar agora
Nesse sentido, se você quiser dar o primeiro passo ainda esta semana:
- Liste 5 perguntas reais que seu público faz (em call, e-mail, proposta).
- Revise: seu site deixa claro quem você é, o que faz, para quem e por que você é relevante?
- Identifique 2 relatórios macro que seu time vai acompanhar (ritual).
- Garanta que conteúdo e SEO técnico estão integrados (sem “ilhas”).
- Ajuste formatos: texto + vídeo + social + páginas de decisão.
SEO em 2026 não é sobre “mais conteúdo”. É sobre conteúdo certo + contexto certo + distribuição certa.
Quer transformar tendência em plano (e plano em crescimento orgânico)?
Na Uá Uá, a gente conecta SEO técnico, conteúdo, dados e camada de IA (GEO) para sua marca existir onde a jornada realmente acontece.